Na aula de Português os alunos do 6ºC com a professora Clarinda
Trindade, trabalharam o texto Tubarixa metade tubarão/metade lagartixa, uma
obra de Miguel Neto, intitulada "A Arca de Não É – ou o guia dos animais
que poderiam ter existido".
Este modelo foi o ponto de partida para a criação das suas
próprias produções e tal como mostra o exemplo a imaginação fluiu e
permitiu-nos saborear estes pequenos textos.
A RATENA
É
um animal muito esquisito, pois é uma mistura de rato com hiena e daí o nome
ser ratena.
É
um animal muito esperto, pois quando está em perigo mete as patas da frente no
ar e abre a boca para morder.
É
carnívoro e quando não consegue caçar vai à sua toca, onde tem queijo
armazenado.
Não
é muito fácil de encontrar pois a sua pelagem serve de camuflagem.
Não
é muito grande, nem muito pequeno, é mais ou menos do tamanho de um javali e é
muito habilidoso.
João Paulino, 6ºC
O FORMIGUILO
Nasceu
um novo animal no planeta. Único, tão único como um segundo, porque cada
segundo é único.
Ele
foi feito com muito amor, uma paixão incrível entre uma formiga e um esquilo.
Eles apaixonaram-se e deram origem ao formiguilo, uma beldade de animal, cujas
patas da frente, tal como as do pai, são encurvadas, com um corpito muito
pequenino. De um lado é preto, como a mãe Gilberta, a formiga, e do outro é
castanho claro como o pai Aníbal, o esquilo.
Ele
sente-se muitas vezes mal por ser assim. Então vai para o formigueiro, mas
depois lembra-se que foi feito com muito amor entre os pais, ou seja, depois
sente-se bem e feliz, porque ser único é bom.
Juliana Ramos, 6ºC
A RATULA
A
ratula é muitas vezes posta de parte de todas as conversas pois é a única mula
que gosta de queijo. Como é tão grande, é difícil ser apanhada numa ratoeira.
Aliás, ela é tão grande que pôs uma vila deserta, pois todos ficaram
traumatizados enquanto a ratula roubava queijo.
Ela
não fala muito bem, pois os seus dentes são anormalmente grandes e como são tão
feios, ela tenta não os mostrar.
De
semana a semana, ela visita o estábulo das mulas, pois decidiu viver com o seu
primo, o mulato, que é filho de uma mula e de um rato.
Bernardo Sobral, 6ºC
O MACAGAIO
O
macagaio é uma espécie muito desconhecida pelos humanos.
Tem
o pelo castanho, mas as suas asas têm penas de muitas cores. Esta espécie tem
um bico capaz de imitar qualquer palavra e uma cauda longa e peluda.
O
macagaio habita dentro de árvores, porque com o seu bico feroz consegue fazer
lá dentro grandes tocas.
Ele
é um grande cozinheiro. Pega em fruta e sementes e mistura-as, fazendo uma
delícia de cozinhado.
Consegue
que todas as fêmeas da selva andem atrás dele, fazendo tudo o que ele quer.
Aviso:
todos os homens casados que se ponham a pau.
Carlos Fançony, 6ºC
A GAFANHECA
A
gafanheca é saltitona, vive mais no mar do que na terra. É o animal mais
encantador dos mares, por ser tão esquisito. Mal vem o pôr-do-sol vai logo para
terra, porque se derrete ao sol.
Come caramujos e detesta moscas. A
gafanheca é casada com a alforreca. Mal vê um tubarão esconde-se nas algas do
chão.
Matilde
Ingham, 6ºC
O CAVALANTE
Metade
cavalo, metade elefante, vive nos estábulos mas ninguém fala com ele, pois a
sua tromba assusta toda a gente. Quando vê uma égua fica de queixo caído, mas
como ninguém lhe liga, as éguas acham-no feio.
Se
vê um rato começa a galopar pelo descampado em busca da mamã.
Os
outros cavalos não querem saber dele, mas quando ele se lava, só olham para
ele...
O
cavalante tem um vício maluco que é acordar e pôr-se a cantar. Às vezes é
invejado, pois com aquelas orelhas consegue voar.
Laura Faneca, 6ºC
O UNICÓRGATO
Este
animal tem sete vidas e adora voar. Sorte a dele, que se perde o equilíbrio cai
sempre de pé. É o bom de ser meio-gato.
Está
sempre bem-disposto, graças ao seu lado unicórnio. É viciado em nutella, mas
quando alguém lhe rouba o alimento, fica furioso.
É
mágico e consegue com que tudo fique encantado.
Vive
no mundo dos doces e mora num castelo feito de bolachas que, a qualquer altura se podem comer, pois vão
aparecendo mais.
É
imortal, pois sendo mágico, consegue ressuscitar. Claro que só vai ser preciso
“regressar” do mundo dos mortos, depois de gastar as suas sete vidas. Tem patas
leves como um gato e por isso consegue andar nas ruas sem que ninguém dê por
ele.
Quando
acorda, vai dar um passeio pelas nuvens
feitas de algodão-doce, onde adora correr e saltar, enquanto vai subindo
até conseguir ver Marte.
E
é essa a vida do unicórgato.
Bianca Castro, 6ºC